UM PONTO DE PARTIDA
Nas sombras do desamor, um vazio a habitar, Corações outrora unidos, agora a se afastar, Palavras que antes eram doces como mel, Agora se tornam facas, cortando a pele a fel.
No silêncio pesado, ecoam as lembranças, Dos momentos compartilhados, das esperanças, Desamor é um inverno que congela os sentimentos, Transformando afeto em memórias e lamentos.
Olhares que um dia se encontraram com ternura, Agora se desviam, perdendo a candura, Promessas quebradas como cristais frágeis, É um vento que sopra a fagulha do que é incapaz.
Mas mesmo nas ruínas do que foi outrora amor, Há espaço para a cura, para renascer da dor, Desamor pode ser um ponto de partida, Para encontrar a si mesmo, nma jornada revivida.
Pois no desamor, mesmo que a dor seja intensa, Aprendemos lições profundas, a crescer na imensa, Escola da vida, onde as feridas se transformam, Em sabedoria e força, à medida que as lágrimas formam.
Assim, ergo a cabeça diante do desamor, Como uma fênix renascendo, buscando o ardor, Das lições que ele traz, das histórias vividas, E encontro força para reconstruir a vida.
VORAZ DEVORADOR
Cleia Fialho
Enviado por Cleia Fialho em 02/09/2023
Alterado em 07/09/2023 |