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A BEBER DA SUA NASCENTE
O calor da sua língua
vai me matando à míngua
me queimando
quando sorrateiramente
infiltra meu âmago
tão profundamente.
Arrepiando a minha pele
me ame e me fragele
me devorando inteira
fico louca e fico à beira
da demência que expele
o sumo da minha videira.
Como que em abdução
fico em convalescença
sua pretensa sedução
abranda meus caprichos
seu forte e ávido toque
seus gemidos e cochichos.
Me provoque e me coloque
a beber da sua nascente
fonte rica e conducente
gozo perene e duradouro
que mana incessantemente
relíquias do seu tesouro!
Cleia Fialho
Enviado por Cleia Fialho em 27/11/2013
Alterado em 13/10/2023
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